Epilepsia: 6 sinais de alerta, diagnóstico e o que fazer

Você já presenciou uma crise convulsiva ou sente medo ao ver alguém passando por isso? A epilepsia é uma condição neurológica comum, mas ainda cercada de dúvidas e mitos. 

Neste artigo, vamos esclarecer as principais questões sobre a doença, desde suas causas até o que fazer durante uma crise.

O que é epilepsia?

A epilepsia é um distúrbio neurológico caracterizado por descargas elétricas anormais no cérebro, que causam crises recorrentes. Essas crises podem se manifestar de diferentes formas, como espasmos musculares, perda de consciência ou até pequenos lapsos de atenção.

Quais são as causas da epilepsia?

A condição pode ter diversas causas, incluindo:

• Lesões cerebrais, como traumatismos cranianos e AVCs.
• Doenças neurológicas, como tumores ou infecções no cérebro.
• Alterações genéticas que afetam a morfogia cerebral.
• Complicações no parto, como falta de oxigênio no cérebro do bebê.
• Desenvolvimento anormal do cérebro durante a gestação.

Quais são os tipos de epilepsia?

A doença pode ser classificada de acordo com o tipo de crise e sua origem no cérebro. Os principais tipos são:

• Epilepsia focal: as crises começam em uma área específica do cérebro e podem ou não causar perda de consciência.
• Epilepsia generalizada: envolve ambos os hemisférios do cérebro e costuma causar perda de consciência e movimentos involuntários.
• Epilepsia de causa desconhecida: quando não há uma causa identificável.

Quais os sintomas da epilepsia?

1. Convulsões

Movimentos involuntários e espasmos musculares, geralmente acompanhados de perda de consciência.

2. Desmaios repentinos

A pessoa pode cair sem motivo aparente e não se lembrar do ocorrido.

3. Movimentos involuntários sutis

Contrações leves em partes do corpo, como piscadas rápidas ou tremores na mão.

4. Sensações estranhas

O paciente pode relatar sentir odores, sabores ou visões incomuns antes de uma crise.

5. Confusão mental

Após uma crise, é comum haver desorientação temporária.

6. Alterações no comportamento

Mudanças súbitas no humor, como agressividade ou apatia.

Como é feito o diagnóstico da epilepsia?

O diagnóstico é clínico e baseado na descrição das crises, histórico médico e exames complementares.

Eletroencefalograma (EEG)

Avalia a atividade elétrica do cérebro e ajuda a identificar padrões epileptiformes.

Ressonância Magnética

Detecta lesões cerebrais, tumores ou alterações estruturais associadas à epilepsia.

Tomografia Computadorizada

Útil para identificar possíveis causas, como AVCs ou traumas.

A epilepsia tem cura?

A doença não tem cura definitiva na maioria dos casos, mas pode ser controlada com tratamento adequado, permitindo que o paciente tenha qualidade de vida.

Quais são os tratamentos para epilepsia?

O tratamento depende do tipo e da gravidade da condição. As principais opções incluem:

• Medicamentos antiepilépticos, que reduzem a frequência e a intensidade das crises.
• Cirurgia, indicada para casos em que os remédios não são eficazes e há uma região cerebral específica causando as crises.
  Estimulação do nervo vago, um procedimento que ajuda a reduzir crises em alguns pacientes.
• Mudanças no estilo de vida, como evitar gatilhos que desencadeiam crises.

Quem tem epilepsia pode dirigir?

Depende do controle das crises. Em muitos países, é necessário um período mínimo sem crises para que o paciente possa obter ou manter a carteira de motorista.

A epilepsia é hereditária?

A epilepsia pode ter uma predisposição genética, mas na maioria dos casos não é diretamente herdada.

O que fazer durante uma crise de epilepsia?

• Mantenha a calma e afaste objetos ao redor da pessoa.
• Nunca tente segurar ou conter os movimentos dela.
• Vire a pessoa de lado para facilitar a respiração.
• Não coloque nada na boca.
• Cronometre a crise – se durar mais de 5 minutos, chame o SAMU.

O estresse pode causar epilepsia?

O estresse não é uma causa direta, mas pode ser um gatilho para crises em pessoas com epilepsia.

Crianças podem ter epilepsia?

Sim, a condição pode se manifestar em qualquer idade, incluindo a infância. Algumas formas infantis podem desaparecer com o crescimento.

A epilepsia não precisa ser um obstáculo para a qualidade de vida. Com o diagnóstico correto e acompanhamento adequado, é possível controlar a condição e manter uma rotina normal. Se tiver dúvidas, procure um especialista.

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