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Endometriose: tudo o que você precisa saber sobre a condição

13/08/2021 Dr. Bruno Notari Volpon
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A endometriose é uma doença que acomete cerca de 10% da população feminina em geral, com uma prevalência de 5% a 10% em mulheres na idade fértil.

Neste artigo, vamos explicar o que é, quais são as suas causas, sintomas e a relação com a infertilidade. Boa leitura!

O que é Endometriose? 

A endometriose é uma doença ginecológica inflamatória crônica que acomete principalmente mulheres em idade reprodutiva. 

Pode ser definida pela presença do endométrio, mucosa que reveste o interior do útero, em outros órgãos da pelve, como trompas, ovários, intestinos e bexiga, ou seja, fora da cavidade uterina.

A endometriose tem três apresentações distintas sob o aspecto clínico: peritoneal, ovariana e endometriose profunda. Saiba mais sobre:

  1. Peritoneal – caracteriza-se pela presença de implantes superficiais na região do peritônio, membrana que recobre as paredes do abdome e a superfície dos órgãos digestivos. 

As lesões atingem os órgãos próximos da região, como o útero, tubas uterinas, ovários, intestino e bexiga.

  1. Ovariana – presença de implantes superficiais no ovário ou cistos (endometriomas ovarianos).
  2. Endometriose profunda – lesão que penetra no espaço retroperitoneal (que está situado por detrás do peritônio) ou na parede dos órgãos pélvicos, com uma profundidade de 5 mm ou mais. 

Cada tecido, órgão, tem diferentes capas (mucosa, submucosa, muscular, etc), quanto mais penetra a endometriose penetra as capas, mais profunda ela é.

O que causa a condição? 

A endometriose não apresenta uma causa definida e a sua origem ainda é tema de discussão na sociedade médica. No entanto, existem algumas teorias baseadas em evidências clínicas e experimentais para o surgimento da doença. Uma das teorias para explicar o aparecimento de endometriose é da menstruação retrógrada. 

Nela foi observado que 90% das mulheres apresentam líquido livre na pelve em época menstrual, ou seja, uma parte do sangue menstrual migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal (refluxo tubário). 

Nestes casos, as células endometriais implantam-se no peritônio e nos demais órgãos pélvicos, dando origem à doença.

Como apenas 10% das mulheres apresentam endometriose, acredita-se que os implantes ocorreriam pela influência de um ambiente hormonal favorável e de fatores imunológicos do organismo da mulher, que não expelem essas células desse local impróprio.

Existe ainda uma segunda hipótese, chamada: Teoria da Metaplasia Celômica. 

Nela, a endometriose se originaria diretamente de tecidos normais mediante um processo de diferenciação metaplásica, uma alteração na qual um tipo celular diferenciado (epitelial ou mesenquimal), é substituído por outro tipo celular de mesma linhagem.

A teoria genética, no entanto, baseia-se na predisposição genética ou alterações epigenéticas associadas a modificações no ambiente peritoneal (fatores inflamatórios, imunológicos, hormonais, estresse oxidativo) que favorecem o surgimento da doença nas suas diferentes formas.

Leia também: Síndrome dos Ovários Policísticos: conheça mitos e verdades

Quais são os sintomas da Endometriose? 

Existem mulheres que sofrem com fortes dores e outras que não sentem nenhum tipo de desconforto. Nos casos em que há dor, os sintomas mais comuns são:

  • Cólicas menstruais intensas;
  • Dor pélvica ou abdominal durante a relação sexual;
  • Dor difusa ou crônica na região da pelve;
  • Alterações intestinais cíclicas ou urinárias durante a menstruação; 
  • Infertilidade. 

Veja também: Dor pélvica: 4 possíveis causas do sintoma

Posso engravidar com Endometriose? 

A endometriose não é sinônimo de infertilidade. No entanto, o processo inflamatório e as aderências que a doença provoca podem estar relacionados ao problema.

Embora seja possível engravidar com endometriose, estima-se que 15% a 45% das mulheres com endometriose têm dificuldade de engravidar. 

Quais exames ajudam a identificar a Endometriose? 

Exames de imagem como a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética (RM) de pelve com protocolos específicos e analisados por radiologistas subespecializados auxiliam no diagnóstico, na graduação e no mapeamento dos focos de endometriose.

É importante ressaltar que os exames de imagem são métodos não invasivos de diagnóstico, auxiliando na tomada de decisão sobre o tipo de tratamento mais indicado para o caso.

A RM fornece uma avaliação completa da pelve com ótima resolução anatômica e espacial, permitindo ao médico detectar a maioria das lesões com alta precisão.

Gostou do nosso conteúdo? Esperamos ter ajudado você a entender melhor sobre a endometriose e a importância de buscar ajuda médica para o tratamento adequado.

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